A obrigatoriedade do isolamento social para conter a disseminação do Covid-19 fez escolas e universidades suspenderem suas atividades por prazo indeterminado a fim de cumprir a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde). Como essa situação afeta a educação?

Panorama da educação mundial em tempos de coronavírus

Segundo relatório do Banco Mundial, o total do número de estudantes que ficaram sem aula nesse período chegou a cerca de 1,5 bilhões em mais de 160 países, em média 80% da população estudantil do mundo, alguns com fechamento total, outros apenas em zonas de risco.

A prioridade no momento é regularizar o calendário escolar. Alguns lugares já estão com o calendário prolongando para cumprir os compromissos, provas foram adiadas, inclusive testes para ingressar em universidades e, em alguns lugares dos Estados Unidos, os exames anuais de 2019 - 2020 foram cancelados.

Para diminuir os impactos na educação, professores e administradores escolares estão sendo encorajados a apostar em aplicativos e ferramentas online para continuar o ensino, mesmo de casa. Diversos países voltaram com as atividades escolares por meio do sistema EAD.

No Brasil

Segundo reportagem do R7, o MEC propôs flexibilizar o calendário letivo da educação básica, que prevê um ano letivo de 200 dias por ano, no mínimo. O presidente Jair Bolsonaro aprovou essa medida provisória no último dia 1, desde que sejam mantidas às 800 horas mínimas de aula.

Uma matéria publicada no portal UOL diz que a paralisação das aulas ainda é incerta, podendo durar de um mês e meio até três meses. Nesse período, o maior desafio dos pais e educadores é manter seus alunos intelectualmente estimulados para amenizar os prejuízos na qualidade do ensino.

Algumas sugestões foram levantadas para resolver a questão do calendário escolar, como adiantar as férias de dezembro, concentrar o conteúdo curricular no segundo semestre, e até a conclusão do ano letivo somente no ano seguinte, com atividades complementares aos finais de semana e aumento de uma hora de aula nos dias úteis.

Novas ferramentas para continuar o estudo

Algumas universidades e instituições privadas no Brasil também adotaram o sistema de educação à distância para manter suas atividades. A grande dificuldade é a falta de recursos para que todas as escolas adotem a mesma medida.

Segundo especialistas, o uso é útil, mas não pode substituir o sistema presencial, principalmente pela falta de preparo do Brasil com essa tecnologia, além dessa medida atenuar ainda mais a desigualdade entre estudantes.

Nem todos os alunos tem acesso à banda larga. A medida é valida como forma de estimular os alunos com atividades, mas não pode substituir as horas curriculares. Alguns estados adotaram o uso da televisão para transmitir as aulas como forma de amenizar essa desigualdade.

A Unesco afirma que, enquanto o confinamento continuar, é importante cuidar da saúde mental e bem-estar dos estudantes e familiares, principalmente em casos de vulnerabilidade. O órgão diz ainda que tal cooperação serve de suporte para os responsáveis tomarem as melhores decisões, focados nos princípios de igualdade e inclusão.

Fontes: UOL Notícias https://www.google.com/amp/s/noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2020/04/05/como-a-pandemia-de-coronavirus-impacta-o-ensino-no-brasil.amp.htm

BLOG UNESCO https://gemreportunesco.wordpress.com/2020/03/24/how-are-countries-addressing-the-covid-19-challenges-in-education-a-snapshot-of-policy-measures/

PORTAL R7 https://www.google.com/amp/s/noticias.r7.com/educacao/mec-admite-flexibilizacao-do-ano-letivo-em-funcao-do-coronavirus-19032020%3famp