O debate sobre a qualidade das escolas públicas no Brasil é bastante antigo, e nunca esteve tão em voga quanto nos dias de hoje. A maioria da população acredita que as escolas públicas oferecem uma qualidade de ensino inferior quando comparada às escolas particulares, mas isto nem sempre é verdade.

O que falta às escolas públicas é maior eficiência de gestão, já que o processo para o uso de verba é bastante burocrático e nem sempre os dirigentes das escolas públicas estão alinhados com as últimas tendências em educação básica. Neste artigo vamos explorar julgamentos de valor que são feitos sempre com base no senso comum, mas que muitas vezes não são necessariamente verdade.

Debate sobre a qualidade das escolas públicas no Brasil

  1. As escolas públicas não contam com um plano de ensino consistente: isso definitivamente é uma inverdade. Tanto as escolas públicas quantos as escolas privadas seguem, no ensino dos conteúdos, aquilo que é estabelecido nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Nestes documentos estão todos os conteúdos que devem ser abordados naquela disciplina e série específica, bem como os resultados desejados após ensiná-los.

  2. Os professores são despreparados: outra inverdade. Todos os professores da rede pública de ensino são concursados, o que significa que eles passam por um rigoroso processo de seleção para conseguir a vaga. Assim, os professores das escolas públicas são profissionais extremamente competentes. O que falta é valorização destes profissionais pelas diferentes esferas do governo e mesmo pela sociedade como um todo.

  3. As escolas públicas não estimulam a criatividade: não necessariamente, pois a criatividade depende do professor, mas também do material didático e do dirigente da escola. Inclusive, está é uma crítica que deve ser tomada pelas escolas particulares, que ensinam para que o aluno passe no vestibular, e relegam a criatividade a segundo plano, podendo acarretar em aspectos negativos na vida futura do aluno.